terça-feira, 19 de abril de 2011



Essa semana o Governo Dilma Rousseff completa CEM dias no Poder SEM implementar mudanças ou reformas relevantes para o país. A forma de governar mudou. Lula gostava de aparecer, Dilma gosta de se esconder. A inflação está de volta. O câmbio está descontrolado. Importações vão acabando com a indústria nacional. Juros sobem. Investimentos estão parados. Dívida pública dispara. São 100 dias de falta de criatividade, iniciativas e brilho. Enquanto isso o Governo responde com receita antiga, a velha fórmula de governos esquerdistas e socialistas: Aumento de Impostos! A grande diferença que separa a alta da inflação no início dos anos 90 e a de agora, início da 2ª década do século XXI, consiste na falta de percepção da sociedade sob a inflação. Nos moldes de hoje, a danada da inflação ainda não é sentida diretamente pelo consumidor. Maquiada pela pequena melhora da renda média de grande parte dos brasileiros, somada a facilidade de acesso ao crédito e aos preços contidos dos produtos importados, a inflação ainda não mobiliza a sociedade do Século XXI. O grande vilão do momento é a alta dos preços dos combustíveis. Esses sim começam a despertar a atenção dos cidadãos. Em alguns Estados brasileiros o valor do litro da gasolina já passa dos R$ 3 o litro e o Álcool atinge os mesmos patamares, fato que coloca o preço pago por nós como o maior do mundo. A Petrobras anunciou que deve haver mais aumentos na gasolina, fazendo com que os combustíveis acendam a luz vermelha do Governo. Essa promete ser a questão mais importante para a percepção social da inflação do momento. Assim, a pressão para que as medidas do Governo sejam mais efetivas só aumentam. A justificativa para o alto custo dos combustíveis no Brasil era a alta no preço do dólar e concomitantemente da alta do barril do petróleo. E agora, qual será a desculpa? Sim, porque o dólar atingiu a casa de R$ 1,57 na sexta feira, valor mais baixo dos últimos anos, e a cotação do barril de petróleo caiu. Alem do mais, hoje somos auto-suficientes na questão. Não há argumentos plausíveis que justifiquem o maior custo do Petróleo em nosso país. O Governo precisa se ocupar em conter o cenário negativo do momento. É hora de conter a inflação, proteger a indústria nacional, estabilizar o câmbio e rever a política energética, principalmente no tocante ao preço dos combustíveis. O álcool precisa ser incentivado e regulado, pois é o combustível do futuro e é limpo, só que precisa ter atenção do governo na produção, estocagem e preço. A gasolina precisa cair de preço e fazer valer o tamanho das nossas reservas do óleo cru no pré-sal./CIENCIAPOLITICA.BLOGSPOT